Nem que seja mínimo o espaço
A dor ausente me é áspera na partida tangível ao desamparo
É o toque feito sentido de tato. Relapso agrado da distância
São essas letras. Essas miúdas que se espremem da sua boca
Essa palavra esmiuçada nos dedos
O cantar em uníssono do segredo
Densidade ríspida nos pêlos
Faço-te cálido
Corpo robusto atravancado
Rígido no meu espasmo
Faço-te cheio
Forjas a cicatriz do peito ao abandono
E o riso a despedaçar-te na triste ignorância do sentido
Aquele sentido feito de tato, te lembras?
Aquele que por desagrado, perdestes
É que esqueceram que tem um tal de acaso
Na rua, descalço, calado
esperando, sentado
Quem sabe se
Casualmente
Talvez
Eu
Um comentário:
oi menina. muito legal o texto. gostei. apareça por lá. abraços.
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