Nietzsche algumas vezes discorreu sobre a lei do eterno retorno, demonstrando que a vida está limitada a um número finito de acontecimentos, e sendo assim, escreveu: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e seqüência".
Trazendo esse conceito para o nosso cotidiano, eu percebi que a nossa vida em vários momentos é uma repetição, ainda que com algumas nuances diferentes. Eu costumava achar que era uma oportunidade de tomar atitudes diferentes quando essas mesmas histórias, ainda que com outros personagens, aconteciam. E mesmo se houvesse alguma decisão diferente, a história tornava a se repetir. E então, as decisões eventualmente se repetiam também.
Existe uma certa atemporalidade nessas repetições. E eu acredito que esse eterno retorno seja parte do nosso subconsciente para reafirmar algo aprendido direta ou indiretamente durante a nossa vida. Como se aquela situação devesse ser vivenciada sob diferentes formas, infinitas vezes para firmar o alicerce das nossas (mesmas e repetidas) decisões, visto que parece haver uma necessidade de complementaridade, onde se tem que passar pela dor e pelo prazer para podermos enfim ter um marco realmente reconhecido e assentado no nosso subconsciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário