domingo, fevereiro 22, 2015

Desabitado de mim

O fato é que eu não consigo esquecer alguns detalhes, uns contornos também. Pedaços inteiros.
O coração está retraído e distraído com tantos impasses, tamanhos embates esses que fazem do sentimento essa prisão. Possuo grades contorcidas no peito, e estas me rasgam a pele.
O que te lembras quando digo: S-I-M-P-L-I-C-I-D-A-D-E.
São as coisas singelas. As coisas pequenas que contam: Esse seu olhar, essa sua boca.
Coisas pequenas, meu caro. Coisas que rodam a vida.
Então vem o descontrole, e é pelo tamanho descuido com as palavras que deixo o peito nesse imenso devoluto. O vazio de não-saber. Que deixo este desmedido corpo desabitado de mim. Ora cansado, ora exausto. E outrora espalhado por estas ruas que passo de olhos fechados.
Ruas que me lembram as chuvas e as brigas. O silêncio e os sorrisos.
Ruas que são feitas de Barros, Osório e Filho.

Um comentário:

Resenhas Grindcore disse...

olha ae... fazia que não lia algo com tanta saudade nas palavras! :P

adorei e vou copiar por ae as frases, mas não se preocupe vou citar a fonte.

Giovanni