Se o corpo se cobre de desvios,
e a atenção se dispersa pela multidão,
onde estará você?
É prisão de letras no coração,
pesado de nomes por bater.
Será o troco então?
Se a indecisão te acompanha pela mão,
e te esconde pelas sombras,
onde estará você?
É medo de não ter-se só,
traçando rotas pra fugir.
Será o descuido então?
Se a vontade de não perder te impede de deixar,
mas te faz acenar adeuses pra quem quer ficar.
Aonde estará você?
E na voz gelada ao telefone ligar para
Aquecer-te as partes frias de estar só.
Será egoísmo então?
E se no peito pesa o que os lábios anseiam,
com rumores estreitos, calados nos dizeres.
Onde estará você?
Se com a boca te afastas, e julgas o próprio gostar.
Te faz morder os lábios ao invés de beijar.
Será vontade então?
Se a lembrança que não se apaga,
de um rosto que me consome.
AONDE ESTARÁ VOCÊ?
E na pele da cor do sol querer encontrar
um lugar quente pra ficar.
Será saudade então?
E se eu te beijasse?
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